domingo, 18 de abril de 2010

Circular 02/2010

EEEP JUAREZ TÁVORA
CIRCULAR 02/2010 - 19/04/2010


Caros Alunos, Pais, Professores e Funcionários:


Esta não é a primeira vez que me dirijo a vocês com o objetivo de prestar esclarecimentos, e com certeza, não será a última.

As escolas profissionais foram criadas com o objetivo de proporcionar aos seus alunos uma educação diferenciada, capacitando-os para o mercado de trabalho e também, caso desejem, prosseguimento em estudos de nível superior.

Esta não é uma tarefa fácil, visto estarmos lidando com adolescentes e jovens, ainda em formação e, principalmente, desabituados ao modelo pedagógico das escolas profissionais, que prevê carga horária ampliada e inclusão de disciplinas até então desconhecidas para os mesmos, o que requer mudança de hábitos, maior dedicação e disciplina no que diz respeito às rotinas escolares.

Como diretora, é minha responsabilidade assegurar que o projeto pedagógico da escola e demais instrumentos de gestão escolar sejam cumpridos. Também é de minha competência avaliar a conveniência ou não da permanência de determinado profissional nos quadros da escola. Aos profissionais do quadro efetivo, é assegurado o direito de questionar a decisão junto à Assessoria Jurídica da Secretaria de Educação, que após um processo de avaliação da questão, denominado Sindicância, emite um parecer que poderá ser aprovado ou não pela Secretária de Educação, maior autoridade administrativa nesse âmbito.

Na última sexta-feira recebemos duas advogadas da Assessoria Jurídica da Seduc, que, a pedido da escola, esclareceram a professores, funcionários e alunos as ações decorrentes do estabelecimento de uma sindicância envolvendo a remoção de professor da rede estadual de ensino e também informaram aos presentes o resultado da sindicância aberta para analisar o pedido de remoção da professora Martha Vecchia para outra unidade escolar.

Na ocasião, foi informado a todos que, após ouvidas as partes e cumpridos os dispositivos legais, a Assessoria emitiu um parecer recomendando a remoção da professora e, submetido à Secretária de Educação, Profa. Isolda Cela, o referido parecer foi aprovado, tendo sido a professora encaminhada para lotação em outra unidade escolar, podendo ainda a mesma, se assim o desejar, questionar a decisão em outras instâncias, conforme esclarecido pelas advogadas presentes à escola. Assim, desde sexta-feira passada a professora não mais pertence aos quadros da EEEP Juarez Távora.

A despeito dos aspectos legais, reconhecemos que a referida professora criou laços afetivos na escola, especialmente com alunos do segundo ano, e neste momento é natural que os mesmos se apresentem chateados ou inconformados com o desfecho da situação, mas é importante também lembrar que a remoção de professores está prevista no estatuto do magistério e diariamente dezenas de professores são removidos de uma unidade para outra, às vezes por sua conveniência, noutras por conveniência da escola, e esse fato não deve comprometer a rotina de escola nenhuma.

Queremos lembrar que já foi lotada uma outra professora em substituição á professora removida, não tendo tal procedimento acarretado qualquer prejuízo acadêmico aos nossos alunos. Lembramos ainda que a manifestação e expressão de sentimentos e opiniões sempre foi e será respeitada na escola, entretanto tal fato não pode ser motivo para promover ausências dos alunos das salas de aula, especialmente os do segundo ano, que têm uma grande carga horária voltada para as disciplinas técnicas.

Desse modo, vimos solicitar a todos os alunos que retomem suas atividades escolares normalmente a fim de evitar prejuízos em sua vida escolar proporcionados pelas faltas. Aos professores e funcionários, solicitamos a continuidade das rotinas escolares e aos pais, solicitamos que conversem com seus filhos e filhas, orientando-lhes acerca da importância do cumprimento efetivo de seu papel de aluno ou aluna, comparecendo às aulas, realizando as atividades propostas pelos professores e, especialmente, compreendendo desde já que na vida nem tudo depende de nossa vontade ou acontece de acordo com nosso desejo, mas que isso não é razão para que coloquemos em risco nossos objetivos, aqueles que dependem de nosso próprio esforço e dedicação, como por exemplo o desempenho escolar e profissional de cada um.

Finalmente, colocamo-nos à disposição para esclarecimentos adicionais que alunos, pais, professores e funcionários ainda julguem necessários.

Atenciosamente,

Aila Magalhães
Diretora da EEEP Juarez Távora